Eu nunca havia me cadastrado antes por não ter paciência, mas minha namorada me incentivou e fiz, finalmente, o meu login no portal de notícias da Rede Globo. Estava assim, oficialmente, colaborando com o mundo mágico da 'hater mania', ou mania de falar mal de qualquer coisa, em bom português. Com meu cadastro rapidamente aceito pelo site, logo fui buscar algumas notícias para destilar o meu veneno. E encontrei.
A trasformação corporal de Thaisa, central do Osasco e da seleção feminina de volei, rendeu uma matéria no Globo Esporte, e como em todo e qualquer caso em que uma mulher gostosa aparece em evidência, os comentários não eram nada gentis. Homens e mulheres chamavam a jogadora de gostosa e de puta na mesma velocidade, quando, de repente, observei uma garota dizendo que era melhor que a central. Na hora, não tive dúvidas ao procura-la no Facebook, e graças aos meus dotes de stalker, encontrei a garota e constatei que ela, de fato, não é nem metade da nossa musa Thaisa, o que lhe rendeu um comentário grosseiro de minha parte.
Ok, eu fiz isso apenas para ver se ser cuzão é gostoso, o que de fato não é, apesar de ser engraçado aos olhos dos não envolvidos. Foi apenas um teste nos comentários do G1, o que me levou a buscar notícias mais interessantes – e comentários mais polêmicos.
No entanto ao entrar em uma postagem sobre o prejuízo dos shoppings ao barrar os rolezinhos, vi que, por mais que a minha vontade de discutir com desconhecidos seja maior do que eu, saber que meus comentários serão devidamente mal interpretados e encobertos por opiniões de merda me fizeram usar o G1 de outra forma. Por exemplo, você pode ser um cara gente boa nos comentários, ignorando todos os outros que podem ofender seus princípios políticos e sociais, afinal de contas todos sabemos que discutir na internet não vale a pena.
#SEJAGENTEBOA