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1/13/2014

FALA MAL DO "ROLEZINHO" MAS CAUSAVA NO BOCAGE


Sobre os Rolezinhos, me lembro de, por volta de 2005/06, ter vários 'orkontros' nos shoppings de São Paulo. Vários emos se encontravam, bebiam, tocavam suas canções melosas em violões desafinados e voltavam pra casa.
Hoje os 'orkontros' foram substituídos por 'facecontros', mas na real continua a mesma coisa. A grande diferença é que, na época, esses rolês não eram um problema para a sociedade em geral - seja pela menor relevância ou por nunca ter rendido uma manchete.

Centenas de adolescentes colavam nos shoppings de Osasco, Santo André e Guarulhos, além do West Plaza, ali em Perdizes, nos pés da classe média, bebendo, causando, cantando, brigando e isso nunca foi barrado.

Acompanhando diversos comentários feitos no Facebook, observei algumas pessoas afirmando que não tem preconceito quando se barra uma algazarra em um shopping, apenas está se evitando o óbvio, mas o único óbvio que vejo é um monte de moleque de pele parda e que ouve funk sendo barrados por um mero capricho de quem tem medo de pisar no mesmo chão de mármore que um bando de pobres.

Ainda sobre os rolezinhos, basta revirar nossos passados recentes para ver lá a página das tardes de sexta da Galeria do Rock e o after no Bocage, onde centenas de adolescentes bloqueavam corredores e, posteriormente, as ruas e o canteiro de obras na esquina da Rua da Consolação com a Alameda Itú, no coração do Jardins. Deixando para trás muitas garrafas de vinho barato, sacos plásticos do famoso silicone e bitucas de cigarro. Esse rolezinho é um tanto quanto pior do que o que existe hoje, tirando o fato do tom claro das peles, dos cabelos alisados e do rock pouco incômodo que tocava em celulares caros para a época.

Jovens só querem se divertir, principalmente os que não tem acesso ao básico – educação e lazer.